CONHECIMENTO É PODER

 

É uma doença crónica dolorosa, adquirida durante a vida e que atinge a bexiga. Não é possível precisar quantas pessoas estão afetadas por esta doença, visto ser difícil efetuar o diagnóstico desta patologia, pois não existe exames que comprovem efetivamente a sua presença tornando a sua definição pouco precisa e controversa.

A doença é definida por um conjunto de sintomas e sinais. A sensação de dor abaixo do umbigo, normalmente provocada pela distensão do enchimento da bexiga e aliviada pelo ato de urinar é a manifestação principal.

Esta pode ser acompanhada por um aumento das idas frequentes à casa de banho para urinar e/ou pela sensação crónica de necessidade imediata em urinar (urgência). A controvérsia entre a classe médica persiste porque estes sintomas não existem apenas nesta doença, isto é, não são específicas da cistite intersticial.

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Recentemente, foi proposto que esta doença fosse chamada de síndrome de dor vesical e que o termo “cistite intersticial” fosse apenas utilizado para os doentes que apresentam achados típicos à visualização do interior da bexiga (por cistoscopia) e em biópsias da sua parede.

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Há muitas doenças que dão sintomas semelhantes à cistite intersticial e o médico terá que efetuar exames para as excluir. Por exemplo, a cistite bacteriana (vulgar infeção urinária) apresenta microorganismos na urina, mas na CI não se identificam quaisquer germens na urina.

Os sintomas e a sua severidade variam de pessoa para pessoa, mas incluem:

• Urgência urinária - sensação de necessidade imediata para urinar;

• Aumento da frequência urinaria - 60 ou mais vezes por dia e frequentemente durante a noite;

• Dor ao urinar;

• Dor na região da bexiga na fase de enchimento; 

• Dor no abdômen inferior;

• Dor no períneo;

• A dispareunia, ou relações sexuais dolorosas;

• Agravamento dos sintomas acima mencionados com a menstruação, alergias sazonais, alimentação e stress.

A cistite intersticial é uma condição crónica que geralmente tem um diagnóstico tardio. Com cistite intersticial, a pessoa sofre de dor crónica, por longos períodos de tempo. Esta situação pode conduzir  a problemas quer psicológicos quer sociais, tais como  ansiedade, depressão, dificuldades na relação com o parceiro, dificuldade de viajar, e diminuição da participação em atividades sociais/grupo. Devido à frequente micção noturna, também poderá sofrer de fadiga crónica.

 

No vídeo seguinte, Dr. R. Moldwin, explica um pouco melhor do que se conhece desta patologia:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Dr.R. Moldwin na ICHELP

 

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O objetivo dos tratamentos é aliviar os sintomas causados pela cistite intersticial no entanto os tratamentos podem não ser uniformemente bem sucedidos, existindo uma grande variabilidade de resultados.

Muitos pacientes obtém bons resultados com uma intervenção conjugada de terapias, iniciando pelos tratamentos conservadores e menos invasivos, até às técnicas mais invasivas, sempre guiados pelo urologista ou uroginecologista.

As técnicas incluem educação para a saúde, alteração da alimentação, tratamentos de fisioterapia dirigidas ao pavimento pélvico. O prognóstico é discutido individualmente com o paciente.

Com o tempo, os pacientes conseguem identificar as comidas e bebidas que exacerbam os seus sintomas. O mesmo com a quantidade de fluídos, para uns é benéfico mais quantidade de fluídos, para outros menos.

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Entrevista a Fisioterapeuta Stephanie Prendergrast (presidente da sociedade internacional de dor pélvica) sobre a intervenção do fisioterapeuta nas algias pélvicas e disfunções urinárias, durante o congresso "International Continence Society and the International Urogynecological Association" em Toronto

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