Muitas mulheres ficam extremamente ansiosas quando têm indicação para realizar tratamentos de fisioterapia pélvica. Uma das questões mais comuns é se é doloroso: Não, não é doloroso!
Os tratamentos são realizados com o máximo de respeito, adequados ao ritmo de cada pessoa, com uma enorme sensibilidade para que o desconforto seja o menor possível.
Venha conhecer um pouco melhor o que podemos fazer por sí, e quais as técnicas que utilizamos para tratar da sua disfunção...
AS TÉCNICAS
01
ENSINO AO UTENTE
02
TERAPIA MANUAL E MOBILIZAÇÃO VISCERAL
03
CINESIOTERAPIA COM BIOFEEDBACK
04
REEDUCAÇÃO DA SINERGIA INTRÍNSECA
05
GINÁSTICA ABDOMINAL HIPOPRESSIVA
06
TECAR TERAPIA
Radiofrequência
Como em qualquer outro tipo de intervenção em fisioterapia, vamos iniciar com uma sessão de avaliação, na qual consta a história clínica, e avaliação pélvica dos músculos do pavimento pélvico. Para complementar a avaliação recorre-se à Eletromiografia - este é um método não invasivo por meio de eletrodos ligados a equipamentos, que registam os sinais que os músculos libertam com a sua estimulação -, obtendo uma avaliação gráfica e numérica da função perineal com validade científica, sendo possível desta forma acompanhar objetivamente a sua evolução. Como o períneo é um grupo muscular que não atua isoladamente no nosso organismo, é importante avaliar a postura e o padrão respiratório. Após a avaliação será então definido o plano de tratamento específico para si.
01
ENSINO AO UTENTE
Em reabilitação perineal é importante que a pessoa saiba o que se passa no seu corpo e que compreenda a sua disfunção, por um lado para conseguir decidir com mais segurança o que é melhor para sí, e por outro lado colaborar mais na sua recuperação. Assim é feito o ensino ao utente sobre a sua disfunção, a anatomia e a fisiopatologia do períneo e estruturas envolventes. O Utente percebe o que tem que alterar no seu estilo de vida para obter melhores resultados. Esta é uma área em que é necessária muita colaboração do utente para uma boa evolução.
02
TÉCNICAS DE TERAPIA MANUAL E DE MOBILIZAÇÃO VISCERAL
De todas as técnicas, as terapias manuais são as mais importantes em reabilitação. Utilizam-se técnicas manuais neuromusculares avançadas para a normalização das estruturas moles, para mobilizar o sistema nervoso periférico e reeducar a ativação muscular do pavimento pélvico.
Recorre-se também à mobilização visceral para libertar as aderências fasciais e restabelecer a mobilidade visceral da bexiga, útero e intestinos para melhorar a sua função.
03
CINESIOTERAPIA COM BIOFEEDBACK
O fisioterapeuta recorre a diversos equipamentos para a reabilitação perineal, que podem ser utilizados de diversas formas consoante os objetivos de intervenção, assim, ajudam na percepção perineal e na aprendizagem da contração ou fortalecimento muscular desta região.
Recorre-se ao uso de cones vaginais, vibradores, sondas de balão e eletromiografia, para ajudar o utente a reabilitar a sua função e força muscular dos músculos do pavimento pélvico.
A eletromiografia (EMG) em termos de qualidade dos serviços prestados, apresenta-se como a mais avançada solução para a reabilitação do pavimento pélvico. O aparelho utilizado, por outro lado, integra a terapêutica por Electroestimulação e o Biofeedback, com programas desenvolvidos especificamente para os vários tipos de disfunção.
Para a terapêutica de Biofeedback através de Electromiografia (EMG), estão disponíveis diversas curvas com vários graus de dificuldade e com objectivos predefinidos, ajustados a patologias clínicas específicas. O Biofeedback por EMG é mais específico e localizado no pavimento pélvico registando apenas as contracções das fibras musculares perineais possibilitando assim uma monitorização mais fidedigna que no Biofeedback por Manometria.
Através do monitor do computador as utentes visualizam e compreendem melhor as curvas e os objectivos pretendidos na reabilitação perineal. Dependendo do desempenho da utente é atribuída uma pontuação, que serve como estímulo adicional para o rigoroso cumprimento do protocolo por parte dos pacientes. O segundo canal de Biofeedback controla as ajudas externas de outras fibras musculares, como por exemplo as abdominais, para que no processo de reabilitação os pacientes aprendam a reconhecer e a contrair apenas o pavimento pélvico para uma recuperação mais rápida e eficaz. Existe a possibilidade de conciliar Biofeedback e Electroestimulação em simultâneo ajudando o paciente a alcançar um bom nível de contracção caso não o consiga sozinho.

funcionam como carga extra para fortalecimento do pavimento pélvico integrados num plano de tratamento completo. Uso na clínica ou no domicílio

Instrumento com sonda manométrica que capta a contracção do perineo e é útil para alongamento desta região

objecto para biofeedback da contracção perineal

A lista amarela é o objectivo da sessão e o traçado rosa corresponde à contracção do pavimento pélvico que é captado por sonda endocavitária.

A lista amarela é o objectivo da sessão e o traçado azul corresponde à contracção do pavimento pélvico que é captado por sonda endocavitária.

Sonda vaginal utilizada para electromiografia e electroestimulação, as suas dimensões são um pouco maiores que um tampão
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REEDUCAÇÃO DA SINERGIA ENTRE OS MÚSCULOS INTRÍNSECOS DO ABDOMEN E PÉLVIS
O pavimento pélvico não atua isoladamente no nosso organismo, assim é importante atuar sobre o padrão respiratório, os estabilizadores pélvicos e lombares e os músculos abdominais, restaurando o trabalho de equipe destes grupos musculares que formam entre sí uma unidade funcional.
05
GINÁSTICA ABDOMINAL HIPOPRESSIVA
Esta é uma técnica que tem vindo a demonstrar bons resultados a nível da activação do pavimento pélvico, melhoria do sistema respiratório e na reeducação postural.
06
TECAR TERAPIA
Tecarterapia é uma corrente de electroterapia de ultima geração, que actua como um bio-acelarador. Melhora a microvascularização, a drenagem linfática. Produz um efeito a nível celular que melhora o metabolismo celular melhorando a qualidade do tecido.
Escrito pela sua fisioterapeuta
Escrito pela sua fisioterapeuta
