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Fisioterapeuta Ana Beatriz Silva

Cheguei a casa com o meu bebé...e agora como vai ser com a amamentação...




Quando chega a casa – 1ª semana

Amamentar é uma prática a ser aprendida.

Ainda que o bebé nasça com reflexos que lhe permitem garantir a sua sobrevivência, alimentando-se, para a mãe é um processo de aprendizagem, sobretudo se durante a sua vida não observou outras mulheres a amamentar.

Desta forma, quando chegamos a casa com um bebé podem surgir vários desafios.

Nas primeiras horas após o nascimento o bebé tende a fazer um sono longo, pois o parto não é um momento intenso apenas para a mãe, mas também para o filho que conjuntamente trabalhou para passar pelo canal de parto e nascer.


Após este sono “reparador”, o bebé vai “despertar” para a vida e aumentará a sua demanda, o que coincide, mais ou menos, com a saída da maternidade (entre a 24ª e a 48ª horas de vida).

Nesta fase o bebé está em transição e adaptação à sua vida fora do útero materno, onde era alimentado de forma contínua, tendo as suas necessidades sempre saciadas.

Existem dicas e estratégias que favorecem esta transição e adaptação, tais como:


Simplesmente estar

Ainda existe a pressão social de que uma mãe tem de ser eficiente e estar sempre arranjada e bem-disposta, com a casa limpa e o filho calmo e quieto na alcofa.

As expetativas podem não corresponder à realidade!

Os primeiros dias são importantes para a mãe e o pai se conectarem, ligarem, vincularem e conhecerem o bebé. O corpo da mãe está a recuperar de um parto e a adaptar-se às necessidades de um bebé que acabou de nascer, que tem características e necessidades únicas.

Aceite que os primeiros tempos são a um ritmo lento e que requerem alguma quietude.


Pele a pele

Fazer contacto pele a pele permite recriar o ambiente que o bebé tinha in útero, uma vez que sentirá o batimento cardíaco da mãe, aconchego, calor e segurança.

Desta forma o bebé estará mais calmo, irá regular a sua temperatura e respiração e estimula que o bebé procure e encontre a mama mais vezes, permitindo à mãe observar, conhecer e compreender os sinais que o bebé lhe dá, respondendo com mais prontidão às suas necessidades.


Não aceitar a dor

A dor não é normal e não deve ser ignorada.

Quanto mais cedo pedir ajudar, mais depressa se encontrará a causa da dor e se poderá auxiliar na pega, no posicionamento ou identificar outros fatores que poderão estar a causar essa dor.


Livre demanda

O bebé precisa ser alimentado a pedido, sem regimes de horários, pois cada bebé terá as suas necessidades individuais.

Habitualmente, os bebés recém-nascidos tendem a passar mais tempo na mama pelo contacto que o gesto de amamentar proporciona, pela necessidade deste contacto, mas também por estarem a desenvolver a habilidade de mamar.



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